e-Social a um passo da obrigatoriedade
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O que preocupa, contudo, é que a grande maioria das empresas ainda não está
devidamente preparada para atender a esta nova realidade.
O e-Social é a nova etapa
do projeto Sped, que unifica num único sistema o envio de todas as informações
previdenciárias, que envolvem distintas áreas dentro das organizações, com dados
de Recursos Humanos, Fiscal, Tributário, Jurídico, Engenharia/Obras, entre
outros para os órgãos Governamentais. O que preocupa, contudo, é que a grande
maioria das empresas ainda não está devidamente preparada para atender a esta
nova realidade. Na partida a concentração será no envio das informações
cadastrais dos trabalhadores, significa que os dados de identificação
precisarão ser saneados por exemplo Nome, CPF, Data Nascimento, No PIS. Esta
primeira barreira implica no senso da empresa junto aos trabalhadores para que
possam atualizar seus dados cadastrais, desde nome de solteira para casada, bem
como as grandes divergências que estão sendo identificadas entre distintos
órgãos como INSS (Data Prev) x Caixa Econômica Federal FGTS x Receita Federal.
Uma
sondagem técnica realizada pela Thomson Reuters, ouvindo 2 mil executivos que
atuam no segmento fiscal e tributário no País, apontou que 70% das empresas
ainda não possuem nenhum projeto interno para atender a nova obrigação.
A
nova obrigatoriedade da Receita Federal impactará diretamente, ainda este ano,
todas as empresas brasileiras. São seis milhões de companhias atuantes no
Brasil de todos os portes e atividades, desde o Microempreendedor Individual
(MEI), passando por pequenas e médias, até grandes corporações, inclusive
multinacionais com atuação no País.
As
empresas deverão realizar uma completa revisão de seu cenário
atual versus o cenário projetado para esta nova realidade, que passa
por impactos culturais, ajustes de sistemas e principalmente de processos, para
estarem aderente ao e-Social. Essa medida trará um alto impacto nas
organizações, questão que ainda não está sendo considerado pelas empresas. O
famoso “jeitinho” não vai mais funcionar.
É
importante ressaltar que a legislação trabalhista e previdenciária não mudou,
mas foi alterado o número de informações pedidas pelo Fisco às empresas, por
volta de 2300, distribuídas em 45 eventos. Estes eventos deverão ser enviados
em distintos momentos, o que requer um processo muito bem definido e alinhado
às regras legais. Um exemplo é a alteração contratual, desde um novo cargo,
mudança de local de trabalho, se faz necessário enviar um evento (arquivo XML
por trabalhador) de alteração que registre este fato no ambiente e-Social do
Governo. Prática que nem sempre é comum dentro das empresas, que normalmente
atualizam a carteira do trabalhador de forma esporádica ou na saída do
colaborador da empresa.
Por
tanto, é de suma importância o conhecimento dos impactos do e-Social para todos
os envolvidos no processo, Governo, trabalhadores e empresas. O e-Social marca
uma nova era das relações trabalhistas no Brasil.
A
unificação de informações que o e-Social trará permitirá ao governo ter um
retrato bem claro e integrado da administração tributária (Receita Federal,
Caixa Econômica, Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho) desde o tipo de
vínculo trabalhista que existe no Brasil, serviços tomados e prestados com
identificação de documentos fiscais envolvidos, até identificar contribuintes
na informalidade e sonegação fiscal.
Por
outro lado, o e-Social também permitirá que os próprios trabalhadores
"fiscalizem" se as empresas estão cumprindo com suas obrigações –
tais como o depósito do FGTS –, e tenham mais facilidade na produção de provas
para processos trabalhistas, bem como ter seus direitos trabalhistas
previdenciários garantidos. Além de contarem no futuro com um portal para
visualizar toda sua vida laboral, o que torna ainda mais ágil o atendimento
previdenciário, pondo fim às filas de aposentadoria.
O
empresariado nacional precisa se preparar o quanto antes, já que a
obrigatoriedade do e-Social, para o primeiro grupo, começa em junho deste ano.
A
Thomson Reuters acompanha o desenvolvimento do projeto Sped desde julho de
2009. O principal objetivo da companhia em relação a este projeto é garantir a
aderência total dos dados das empresas ao e-Social. Para isso, nossa equipe
mantem um diálogo constante com clientes, parceiros e governo para construir
conhecimento em torno do assunto e suportar a tomada de decisão das empresas e
profissionais. Esse esforço nos permitiu desenvolver solução exclusiva,
formatada especificamente para atender a nova obrigação. O ONESOURCE e-Social
reúne todas as informações necessárias de distintas ferramentas para que as
empresas verifiquem a consistência de dados a serem entregues a Receita Federal
no ambiente da escrituração fiscal digital. A solução vem de encontro a um dos
principais anseios identificados na sondagem de opinião realizada recentemente
pela Thomson Reuters, em que as empresas demonstraram grande preocupação em ter
plataformas tecnológicas que lhes permitam uma governança tributária mais
adequada para estarem compliant ao e-Social.
Fonte:
Jornal Contábil
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